Sabe um filme bom? Mas bem bom mesmo, que gera discussão na mesa de bar, que emocional, que de algum modo nos cutuca? Pois é, Simonal – Ninguém sabe o duro que dei é um desses.
Na Bravo desse mês há uma matéria sobre o filme, e me bateu a curiosidade: quem é Simonal mesmo? Lembro vagamente do meu pai ouvindo/comentando algo sobre ele, coisa da época em que ele cultivou o cabelo black, tinha medalhinha no pescoço usava calça boca de sino com camisa aberta até o peito, e sabia que o Simoninha e o Max de Castro são filhos dele. E ponto.
Pulga atrás da orelha, ingresso para a estréia.
O filme conta a ascensão do Simonal, de menino pobre a astro popular, sua pilantragem, charme, simpatia, o panorama artístico carioca, até o episódio que marcou definitivamente a sua carreira: a relação entre ele e a ditadura, frases tortas, entendimentos equivocados, boatos e o fim da sua carreira. Com depoimentos de Ziraldo, Jaguar, Miele e outros, é possível dimensionar a grandeza que a sua fama obteve e a crueldade da opinião pública. Além disso, o filme é bem bacana esteticamente, dando cor e movimento a documentos e imagens, uma coisa que me lembrou muito o clipe Cores Bonitas.
Saí do cinema com um pouquinho de lagrimas nos olhos e vontade de baixar tudo do Simonal, me queixando do tempo que perdi e do quanto não rebolei com sua voz deliciosa. Alegria Alegria!
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