domingo, 14 de junho de 2009

Tenho o maior orgulho de dizer que moro na rua rocha, no bixiga. Muita gente torce o nariz, diz que é feio/perigoso/sei lá mais o que, mas não me importo: vejo graça até na feiúra da praça 14 bis, nunca fui assaltada ou ouvi um tiro sequer.
Embora esteja localizada bem próxima ao Centro (cerca de 1.500 metros do metrô Anhangabaú) e à Avenida Paulista, e ainda traga para si uma boa parte do transito local (e com ele o barulho das buzinas e aquele pó cinza dos carburadores), por mais incrível que pareça guarda ares de tranqüilidade, dependendo do trecho e da hora do dia.

Gostei e fiquei. Porque tem o boteco da esquina, com ovo colorido e outros quitutes duvidosos, cujo dono me conhece pelo nome. Gosto porque tem o mercadinho que, além de aceitar todos os cartões de crédito e debito do universo ainda vende fiado para o povo do bairro. Porque de dezembro até o carnaval tem a bateria da Vai Vai, e o ano todo tem o restaurante Rancho Goiano e a galopeeeeeeiraaaaaaaa!. Porque tem a vizinhança mais estranha e peculiar que eu já vi, assunto pra umas seis temporadas de série.

Das casas coletivas dos negros (ainda restam algumas perto da rua Uma) às casas geminadas dos imigrantes, chegando aos prédios da década de 60 (como o que eu moro) e aos moderníssimos, passear pela Rua Rocha é sempre bom para quem tem olhos atentos. E revela bonitezas como essas:


Um comentário:

Reverendo disse...

Ah, que bonitos são os olhos de quem sabe enxergar beleza. Mas é pena que essas casas não tenham grades. Casas antigas com grades me hipnotizam.