sexta-feira, 11 de junho de 2010

#queixa

E então, a gente emburrece.

Percebi isso depois de um vergonhoso 4,75 numa prova da faculdade. Sim, minha gente, voltei pros bancos escolares e justamente para fazer pedagogia, curso odiado, mas necessário pro meu desejo de um dia ser chefa.

Guardei a tal prova por duas semanas. Tive vergonha de relê-la, juro.

Nunca fui boa aluna, mas sempre me virei muito bem obrigada, o suficiente para entrar num concorrido curso de magistério e na universidade pública duas vezes.

E agora um inédito 4,75, que me faz pensar no que tenho feito da minha vida. Porque os livros não são tão freqüentes, o cinema não é mais semanal e a minha paciência para as questões de política beiram o zero. De fato, meu tempo tem sido mais curto e a mudança, sim, ela de novo, a mudança mudou de verdade meu eixo, que ainda não foi reencontrado.

Três meses depois e eu ainda não coloquei em ordem minhas tralhas de artesanato. Ontem, um botão de uma calça caiu e eu não faço idéia de onde esteja a agulha e a linha, e daí bateu a maior tristeza: como pretendo ser uma pessoa minimamente organizada se o que me é mais caro e pessoal permanece em desordem?

Sim, estou com saudades dos meus feltros.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

E hoje, mais um capítulo da novela

O improviso como missão

Estrelando

Uma pilha de livros sem destino certo


criatividade de sobra+duas cadeiras de madeira, modelo de boteco+duas tábuas de compensado super grossas

=

UMA ESTANTE!

(detalhe: mesa de canto feia&velha, que tinha como destino o lixo, coberta de azulejos e pastilhas que custaram uma pechincha. Uma mesa super pratica para as pequenas refeições na frente da TV, ora pois!)

sábado, 5 de junho de 2010

a grande mudança

ou

o dia em que juntamos os trapinhos

nossa primeira noite: sem cama, sem guarda roupas, sem internet, mas com pizza&coca cola, pq a gente mora no bixiga, né?

foi assim: um belo dia a gente percebeu que não fazia mais sentido o revezamento entre as nossas casas, essa coisa de pagar dois aluguéis e dormir sempre juntos. Então, para economizar nas contas e ter todas as nossas tralhas em um só lugar, resolvemos alugar um terceiro apê e nos mudar o mais rápido possível. Isso foi a três meses.

E desde então a minha vida mudou radicalmente.

Porque, por mais que você tenha uma vida super fofa com o seu namorado, é uma outra coisa ir morar junto. Não, colega, brincar de casinha não é tarefa fácil, e na marra estamos virando gente grande.

E conseguimos uma façanha: fazer de um apartamento de dois dormitórios um lugar habitável em menos de três meses e com quase nada de dinheiro e muito de improviso e criatividade, além, é claro, dos ma-ra-vi-lho-sos crediários das casas bahia, marabráz e extra. A vocês, o nosso muito obrigado!

Descobri que freqüentar os grandes supermercados em busca das promoções é uma boa, que a 25 de março é, definitivamente, a minha melhor amiga, que um objeto pode ter muitas outras utilidades para além daquela que está descrita na embalagem.

E aos poucos minha casa tem ficado mais gostosa, a ponto de preferir ficar no sofá jogando Litlle Big Planet a sair para o mundo.

Talvez seja apenas um caso de paixão momentânea, né?