segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

#mimimi

Uma vez eu ouvi de alguém que a gente precisa de testemunhas da nossa trajetória. Pais ou família já estão lá, nos observando desde sempre, e nunca de forma imparcial. A gente precisa de amigos que testemunhem e compartilhem da nossa vida.

Por algum tempo eu acreditei nisso. Acreditei que amigo serve para qualquer coisa, que todo mundo tem defeitos mas se a gente gosta de verdade deixa para lá.

Fui deixando, deixando, até que cá estamos.

***

Eu tive um amigo. O melhor. Fazedor de graças, carinhoso, querido, um grande companheiro. Com alguns defeitos, como toda pessoa, mas quando a gente gosta de alguém os defeitos passam a ser charme, detalhes insignificantes diante da grandeza do sentimento, certo?

Errei

Pedi desculpas

Não obtive retorno.

Fui analisar toda a relação.

***

Até que ponto a gente aceita a mentira? Da mentira mínima àquelas que afetam a integridade as pessoas e nos deixam carregados de culpa, é aceitável? Alguém que narra as suas vitórias mas não suporta seu cotidiano, pode? Alguém que inventa assunto para sempre se sobrepor a você, dá?

Não, não dá.

E sendo sincera tudo o que eu precisava era de uma boa desculpa para por um ponto final nessa relação.

***

As cinco horas da manhã, eu e @jojoyeux bêbadas e cansadas de tanta conversa, concluímos: a gente precisa deixar as pessoas irem embora. Sim, as pessoas vão e vem, e a gente não precisa de amigos eternos. Precisamos de amigos sinceros, intensos e verdadeiros, para encontros diários ou anuais, mas eles vão e vem. E a gente precisa deixar que seja assim. Talvez dure décadas, talvez semanas, tudo bem.

Tudo bem

Agradeço todo o carinho, mas cansei, ta?

#oukey, pode fazer o radião.

Um comentário:

Igor disse...

porque amizade às vezes (e só às vezes) é como brigadeiro. é ótimo, mas é bom mesmo que acabe. antes que comece a te fazer mal. =PP