segunda-feira, 23 de março de 2009


Cansaço acumulado de um domingo festivo e de uma longa reunião de trabalho, louca pra um cochilo de fim de tarde, mudo o trajeto da cama pra varanda: vamos dar um alô pras plantinhas, coitadas. Água, poda, conversa, vento forte e... a porta bate, trava, e me deixa trancada pra fora.
Ninguém em casa.
Celular? Do lado de dentro.
Forcei a porta, tentei dar uma de macguiver e nada. Pensei em gritar pra alguém da rua, mas é difícil ser ouvida do 9º andar numa rua mega movimentada como a minha. Poderia esperar uma das meninas chegar (moro com mais duas), mas como essa casa é estranha, sabeladeus que horas elas voltam, se é que elas voltam. Pensei em gritar pros vizinhos, mas pelo cheiro eles deveriam estar bem loucos pra processar a informação. Fiz gestos pro povo do prédio da frente, mas justo hoje eles não se interessaram pela minha vida. Forcei mais um pouco, pensei em me jogar, chutei a porta, prendi o pulso, me machuquei. Roguei praga pras malditas plantas, enrolei a rede na mão (veja bem: até rede tem a varanda!) e quebrei o vidro. Destravei a maldita porta.

Agora tem cacos de vidro na cama, no tapete. Um buraco no meu vidro colorido, braços roxos.


Inferno de segunda feira.



Nenhum comentário: